Olá pessoal, hoje vou compartilhar um texto escrito por minha mulher Cláudia Figueiredo, sobre um passeio muito especial que fizemos no final de Maio ultimo, e que deixou saudades em todos os aspectos. Espero que todos curtam o texto e possam sentir um pouco do que sentimos ao visitar a acolhedora Belém - PA.
Chegamos a Belém numa madrugada quente, vislumbrando a cidade plana evidenciada por suas luzes. Com mais de dois milhões de habitantes, a capital do Pará guarda a memória do tempo áureo da borracha no início do século XX - quando o município recebeu inúmeras famílias europeias - nas fachadas e interiores de casarões, igrejas e museus; e revela ainda grandes problemas relacionados à miséria e à desigualdade social, além da ocupação desordenada e falta de saneamento básico, apesar de a pobreza ter diminuído nos últimos anos, segundo dados do IBGE. O olhar estrangeiro na linda Belém também capta suas imperfeições.
Um dos principais legados da fase rica é o Theatro da Paz. Inspirado no Teatro alla Scala de Milão, é o maior e mais antigo da Amazônia, construído em 1878 com recursos auferidos da exportação de látex, no Ciclo da Borracha. Edificado com ferragens inglesas, mármores italianos, madeiras amazonenses e decorado com lustres e espelhos franceses, é considerado um dos mais luxuosos do Brasil e com acústica perfeita. A visita guiada custa R$ 4 (inteira). É impossível ir a Belém e não visitar, também, o Mercado Ver-o-Peso. Numa área de cinco mil metros quadrados de frente para a Baía do Guajará, o projeto alia contemplação da natureza à praticidade na utilização do espaço urbano. Peixe fresco, camarões de todos os tamanhos, frutas paraenses, comidas típicas e as famosas garrafadas são comercializadas diariamente.
