Ataulpho Alves, o Centenário.

Como bom Miraiense que sou, não podia deixar de escrever sobre esse ícone do samba brasileiro que, se estivesse vivo teria completado 100 anos de vida no último dia 02 de Maio.
Ataulpho Alves começou a criar versos com apenas 8 anos, aos 19 anos começou a compor para o bloco no Rio comprido, bairro onde morava no Rio de Janeiro.
Em 1933, foi descoberto por Bide, que o apresentou ao Sr. Evans, diretor da Victor. Foi então que suas canções começaram a ser gravadas por grandes nomes como, Almirante com o samba Sexta-feira, primeira composição sua a ser lançada em disco, Carmen Miranda, gravou Tempo perdido, o que garantiu sua entrada no mundo artístico.
Em 1935, conseguiu seu primeiro sucesso com Saudade do meu barracão, gravado por Floriano Belham.
Como não podia deixar de ser, o ilustre Miraiense teve seu nome mais valorizado quando apareceram gravações do samba Saudade dela, por Silvio Caldas e da valsa A você com Aldo Cabral e do samba Quanta tristeza com André Filho, e não parou por ai, em 1937, por Carlos Galhardo, que foi um dos seus grandes divulgadores, passou a compor com Bide, Claudionor Cruz, João Bastos Filho entre outros.
Em 1938, Orlando Silva, gravou Errei, erramos. Em 1941, estreou como intérprete, gravando seus sambas Leva, meu samba... e Alegria na casa de pobre (com Abel Neto). Em 1942 ele próprio lançou, para o Carnaval do ano, Ai, que saudades da Amélia; apresentada por Mário Lago para ser musicada, grande sucesso popular até hoje. Com Mario Lago ainda fez, Atire a primeira pedra, Carnaval de 1944, e em 1945 lançaram Capacho e Pra que mais felicidade.
Até hoje suas músicas são lembradas e cantadas em festas, rodas de samba, churrasco da empresa, bares, etc.
Vai dizer que você nunca cantarolou "ai que saudade da Amélia, aquilo sim é que era mulher...".

Eu daria tudo que eu tivesse
Pra voltar aos dias de criança
Eu não sei pra que que a gente cresce
Se não sai da gente essa lembrança
(Ataulfo Alves)

créditos:http://www.mpbnet.com.br/musicos/ataulfo.alves/